quinta-feira, 25 de novembro de 2010

As dores do gordo sedentário

Todos falam que umas dorzinhas são normais na corrida, principalmente para iniciantes, mas até agora não tinha sentido nada de diferente. Até hoje. Eu estava correndo 2,5km por dia e cada vez mais rápido. Logo achei interessante aumentar a distância já que estava me sentindo bem. No primeiro dia de 5km senti aquela famosa dorzinha no lado da barriga que, de acordo com meu irmão, é quando respiramos pela boca. Então acabei reduzindo a velocidade pra completar o percurso. Já no segundo dia controlei minha respiração pelo nariz e só doeu um pouquinho na barriga logo passando. Mas começou uma dor na canela e na batata da perna que fez eu perder todo o rendimento da corrida. Me senti com se estivesse já no limite do meu esforço físico. Acabei fazendo um tempo pior do que o dia anterior. Pensei que estivesse melhorando rapidamente pois estava fazendo 5km e que minha meta de 10km estava cada vez mais próxima. Mas vejo agora que terei que reduzir um pouco pois estou forçando demais. Quero estar pronto pra 10km dia 21/12. Não sei se consigo. A notícia boa é que na parte cardio-respiratória estou muito bem. Conseguiria continuar correndo até o final com um bom controle dos batimentos. Desta vez foram as pernas que não responderam.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Corrida Vertical

Li uma matéria numa revista e depois pesquisei melhor sobre a corrida vertical, que ocorre no mundo inteiro e se consiste em subir as escadas de um prédio comercial e vence quem chegar no topo primeiro. Achei a matéria muito boa, muito interessante mesmo e pensei como seria participar deste evento que foi promovido pela Nestlé em agosto e que será mantido nos próximos anos.

Logo, nesta fase minha de exercícios, resolvi por em prática subir degraus. Pensei primeiramente em subir as escadas no prédio da minha irmã. Mas logo desisti por imaginar o trabalho que daria. Ela mora longe e tem todo um esquema de negociação pra liberar minha entrada na portaria, parece o Kremlin.

Mas lembrei do prédio onde trabalho e resolvi subir lá mesmo no horário de almoço. Doidera total. Mas a endorfina já está fazendo efeito sobre mim e não respondo mais pelos meus atos. E, de acordo com o texto, dizem que 10 minutos de subida de escada correspondem a 1h40 de corrida no reto.

O prédio da Nestlé tem 765 degraus. O mais famoso do mundo, Empire State Building, tem 1.576. Quantos degraus será que o prédio do meu trampo tem? Lá fui eu subir o prédio de 21 andares. Até que não é tão ruim quanto eu achei que seria. É muito cansativo e não dá pra fazer com muita pressa, mas fui subindo normalmente até o topo. Aliás, fui apenas até o 18º pois pra continuar teria que mudar de escada e passar por um outro setor, então acabei desistindo. Mas fiquei feliz em constatar que este prédio que subi tem 626 degraus, quase o número da prova da Nestlé. E demorou menos do que eu pensava. Depois, desci todos os andares até o térreo novamente. Enquanto descia, as minhas pernas tremiam muito devido ao esforço realizado, era engraçado.

O ponto fraco da experiência é o quanto que a gente transpira fazendo isso. Cheguei, no final, todo molhado como se tivesse levado um balde d’água. Pra secar fiquei uns 15 minutos no banheiro me secando com toalhas de rosto. Não foi nada bom. Quem for fazer algo parecido, leve toalha e escolha uma roupa mais difícil das pessoas notarem o suor, roupas pretas e camiseta ao invés de camisa social.

Videozinhos interessante:

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Magneto

X-men foi a minha revista em quadrinhos preferida quando adolescente, mas com o tempo perdi o interesse. Mas este interesse por quadrinhos foi ressuscitado com a audição do podcast do MRG de outro dia. Teve uma discussão interessante sobre o vilão mais famoso do universo Marvel, o Magneto.

Pra quem conhece, sabe que o poder do mutante é sobre todas as coisas feitas de metal. Então surgiu a questão de como o Magneto faz para voar:
Ele voa levitando o metal contido em suas roupas ou ele voa devido ao seu sangue ter ferro e então não ser necessário o uniforme?

Pra mim é óbvio que ele só voa graças ao metal das roupas. Não tem como ele fazer isso com o próprio sangue. Se assim fosse, ele seria um mutante invencível. Ele poderia matar qualquer adversário manipulando o ferro. Não teria a menor graça. No segundo filme eles até tocam neste assunto mostrando como o Magneto faz pra fugir da prisão de plástico em que se encontra usando o ferro do guarda. Mas naquele caso o diretor ainda usa uma desculpa onde diz que a Mística colocou uma substância no drink do guarda pra ele permitir tal coisa. Mas ele não poderia fazer isso com qualquer outro personagem. Liberdade de criação tem limite.

domingo, 21 de novembro de 2010

Segue-se o ânimo da corrida.

Juréia.
Depois de um segundo treino puxado, viajei pra praia com amigos pra relaxar mesmo. Mas acho que estou começando a gostar de praticar o esporte, mesmo sendo grande tendência ao sedentarismo e à preguiça. Na areia, adotei o mesmo esquema da corrida no asfalto, corrida enquanto agüentava e depois caminhava pra recuperar o fôlego até ter coragem e correr novamente. Aparentemente deu tudo certo, pois além do cansaço normal não senti nenhuma dor ou problema. Mas como estava à passeio não sei a distância ou o tempo que levou, foi somente pra descontrair mesmo.

Corrida Matutina.
Outra coisa que sempre quis fazer e a preguiça foi maior é correr durante o meio da semana. Sempre fiz exercícios no final de semana, mas com um intervalo tão grande a gente perde o ritmo e o animo. Quando corresse de manhã, normalmente, como se fosse parte da minha rotina diária, acreditava que ai sim estaria dado um passo definitivo à minha idéia de adotar um novo estilo de vida. E nem acredito que deu certo como estava planejando na minha cabeça.
Na volta do feriado foi um dia zicado, chuva e frio direto. Nem deu tempo. Mas no dia seguinte resolvi correr mesmo estando frio. São 15 minutos de caminhada na ida, 15 na volta e no intervalo 30 minutos pra correr a vontade. Neste primeiro dia de corrida durante a semana fiz 19m39 em 2.437 metros. Andando faço 28 minutos no mesmo percurso. Já é alguma coisa.

sábado, 20 de novembro de 2010

2ºCorrida Meio de Semana

Nunca na história deste país ou na minha principalmente, que ocorre este fato: Fiz um exercício de corrida de rua dois dias seguido. Estouram-se fogos!
Novo recorde pessoal. Claro, só tem duas corridas e provavelmente a segunda foi um pouquinho melhor que a primeira. Mas mesmo assim, vamos comemorar. Provavelmente a redução de tempo não será uma constante tão significativa assim nas próximas corridas. No primeiro dia fiz 19:39. Hoje, 18:23. Baixei o tempo em 1:16. Caracoles.
Já comecei a pegar os trechos onde faço o descanso e onde eu acelero o passo pra evitar os carros. Antigamente onde eu corro era bem tranqüilo e pacífico onde aprendizes de direção iam treinar baliza e dar uma voltinha no parque de tão calmo. Hoje parece uma avenida principal, só porque essa droga tem uma conexão com a marginal Tiete. Acho que eles querem cortar caminho diminuindo o tempo então já passam rasgando lá.

Comecei a sentir um pouco mais de dores musculares. Nada grave como li em algumas revistas, pois essa dorzinha é normal. Só preciso me preocupar com dores no joelho e em outros lugares do corpo.

Chegando em casa segui outro receituário lido em uma revista onde diz que banho frio depois de uma corrida melhora e relaxa os músculos. Lá vai eu querer imitar. Mas não fui louco de por banho geladão. Como meu chuveiro tem 3 fases e eu costumo usar a terceira, a mais quente, diminuí pra primeira, a mais fria. Pode parecer meia-boca, mas estava bem fria. Mas dependendo da corrida e do tempo quente vou colocar a geladona mesmo.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Fotos de viagem perdidas

Fotos têm um valor inestimável. Vai muito mais da emoção da situação vivida e registrada do que algo quantificável onde podemos por um valor. Tem passeios que eu me lembro não somente das coisas que vivi, mas da raiva que senti ao perder o registro. Claro que tudo vale a pena pela experiência vivida. Estivemos lá. Mas dói perder algo de tanto valor sentimental. Fato que ocorreu nesta semana.

Um amigo meu queria porque queria apagar uma foto que deu errado e eu dizendo que não precisava, pois quando chegasse em casa e copiasse para o computador, eu apagaria. Ele insistiu e apagou não apenas a foto como todas de uma vez só. Tinha muitas coisas boas! O sentimento de frustração de não ter o que fazer depois do fato consumado é o pior. O jeito é fingir que nem tinha levado a câmera. Digamos que nunca tiramos essas fotos pra começo de conversa.

Eu comprei recentemente esta câmera digital e a qualidade dela é excepcional, tanto nas fotos quanto nos vídeos. E eu tinha a idéia de tirar o máximo de fotos possível pra saber quantas fotos era possível tirar pra lotar o chip. Tirei muitas fotos, filmei quase tudo o que acontecia e não cheguei no limite. A câmera é imortal, não tem limites. Imagina um material tão grande assim ser apagado em menos de 1 segundo. Devia ter uma senha pra fazer este tipo de operação tão delicada possivelmente fatal. Bola pra frente.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Preparação pra corrida de rua – Dia 2

Na primeira corrida que fiz tudo deu certo, sucesso total considerando que eu estava bem sedentário e o máximo que fazia eram caminhadas, show de bola. No dia seguinte deu aquelas dores musculares de quem se esforçou mais do que está acostumado, fez movimentar aquele músculo quase atrofiado. Foi ai que vi o quanto a corrida é um excelente esporte. Estou acostumado a fazer muitas caminhadas que podem durar até duas ou três horas. Faço tranqüilo. Mas fiz uma caminhada com alguns piques de corrida e quase não consegui andar no dia seguinte de dores. Agora sim estou me exercitando. As caminhadinhas de antes eram coisa de criança. De gente que está muito pior que eu fisicamente. Já deu aquele ânimo pra repetir. Mas no dia seguinte deu uma inversão térmica tremenda em São Paulo, no dia anterior tínhamos 30 graus na sombra, no dia seguinte menos de 15. Não fiz nenhum exercício.

Bom, não posso deixar o animo ir embora, então não deixei de ficar mais um dia sem correr, mesmo no frio lascado. Já vi uma certa diferença. Acho que corri bem mais. Mas fiquei irritado no final pois tive problemas no cronometro do relógio e não vi direito meu tempo, não sei se melhorei ou não e o quanto foi. Mas paciência, o importante foi ter feito a segunda corrida em 3 dias. E ainda estou com dores pelo corpo pelo esforço feito.

Como nestes próximos dias farei uma viagem regada a cerveja, deixarei o treino de lado, mas sabendo que tenho já 2 bons dias. Entretanto assim que voltar, TENHO que correr, sem discussão. A idéia, apenas um esboço, é tentar dar uma corridinha de manhã antes de trabalhar. Sei que vai ser difícil. Um verdadeiro desafio pra mim. Costumo acordar mais tarde e quando acordo cedo, meu corpo demora pra entrar no ritmo do dia. E também tem o problema da chuva, que pode cair a qualquer momento e do frio que desanima qualquer um. Mas a idéia é correr, nem que seja uma meia hora, pra não perder o ritmo. Vamos ver.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Whores of Tijuana

Em um outro site ou no twitter, não lembro, li piadas sobre uma banda chamada Whores of Tijuana, que com esse nome qualquer coisa depois seria uma porcaria sem tamanho. Realmente vendo apenas pelo nome você imagina isso. Para quem não entendeu, Whores of Tijuana significa Putas de Tijuana. Mas como todos bom curioso, resolvi dar uma olhada e ver como eles eram. Imaginei ser um metal podreira com um vocalista parecendo um homem das cavernas dando grunhidos e aquela barulheira toda. Mas ao ver vídeos no youtube me deparei com uma excelente banda de Stoner rock meio viajante de ótima qualidade. Uma pérola. Aconselho a audição para todos:

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Natal, de novo!

Lá vem o natal pela frente. Natal uma data que nunca me trouxe júbilo nem quando criança quando os adultos acham que as crianças adoram essas porcarias. Nunca gostei de papai Noel, nem acreditava naquele tio com algodão na cara, nem em todo ritual que se seguia de dar presente à meia noite ou aquela história chatíssima de renas, de presentear o mundo inteiro em uma noite, de descer pela chaminé e outras coisas. Sinceramente, acho todas essas historinha uma mitologia detestável. Quando criança era uma tortura pra todos, acho, pois os adultos fingiam gostar da data pra alegrar as crianças. E eu me sentia na obrigação de me mostrar feliz pra não ferir os sentimentos dos adultos que se esforçavam por se parecer com o tal velhinho de vermelho. Criança não é burra e entende mais claramente do que imaginamos.

Mas foi uma surpresa pra mim que toda essa carochinha pra boi dormir ainda está muito viva e desperta reações que pensei já estarem em decadência com o passar dos anos. Fui num shopping semana passada e logo na entrada estava um tumulto de gente impressionante. Parecia a 25 de março no final do ano. Eu só queria passar e ir direto pra área de alimentação, pois estava verde de fome e aquele povo todo bloqueava minha passagem. De repente vi o tal bom velhinho chegando com os ajudantes elfos acenando pra todo mundo e sendo recebido com muita festa, sorrisos e palmas. Depois começou o martírio de receber criança por criança pra tirar fotos. Reparei nas pessoas em volta e vi que eram familiar inteiras com três ou quatro filhos, avó e papagaio que vieram apenas para este fato: a chegada do Papai Noel.

Deprimente.

E como acontece todo ano, tem aquela besteira de criar tudo como se fosse os Estados Unidos, com neve de isopor caindo e enfeites dos mais variados, luzinhas, arvores imitando pinheiro. Nesta hora volto a ser criança. Criança feliz achando tudo legal? Não. Aquela criança que descrevi no começo deste texto, onde finjo estar no clima comprando toda esta parafernalha de natal pra alegrar minha mãe e minha irmã que ainda conservam o espírito natalino. E vamos tocando a vida.

domingo, 14 de novembro de 2010

Star Trek Drunk

Kirk para Spock, tempos uma problema! A força de tração sumiu, não temos mais controle da nave. Os Klingons lançaram um torpedo que, apesar de não acertar em cheio, avariou a Enterprise de tal forma que fez os controles da nave entrar em curto e deixar-nos à deriva. O que podemos fazer?

Spock para Kirk. Através da minha lógica vulcana preparada para tais situações de extremo perigo, aconselho a todos vocês abrirem uma latinha de cerveja e apreciarem o amargo sabor da cevada. De acordo com minha análise, em uma situação de perigo, humanos reagem impulsivamente devido aos sentimentos de raiva, frustração e medo, fazendo suas ações serem ilógicas, levando-os para o desastre total. Nas horas de desespero e de falta de controle emocional, precisam urgentemente diminuir sua carga de adrenalina, saboreando uma bela cerveja, que os deixarão um pouco mais relaxados e mais aptos a tomar as decisões que os tirarão desta enrascada.

Kirk para Spock. Como confio em seus instintos e como sei que você é meu amigo e primeiro oficial, obedecerei relutantemente. Atenção alferes, comece a retirar os engradados de cerveja dos freezers intergaláticos e repasse à tripulação. Já! E pra mim traga uma bohemia, pois sou o chefão. Mas como líder, conheço minha tripulação e sei que eles são bem mais preparados ao consumo de álcool, então cervejas não farão efeito desejado, principalmente ao gordo do Scott. Então para ele leve um dreher, pois desce macio e reanima. Para o oficial Chekov traga uma vodca, levando em conta que ele é russo. Para o comandante Sulu, nem precisa dizer pra trazer um bom sake. E para os outros oficiais da ponte de comando traga kaisers bock pois o suporte de vida está diminuindo e a temperatura também.

Kirk para McCoy. Magro, você está ai na enfermaria? Prepare imediatamente mil comprimidos de envog pois a coisa vai ferver aqui.

McCoy para Kirk: Droga Jim, eu sou um médico e não um farmacêutico. Vai pro inferno!

Kirk: Ok, você venceu. Batata frita a todos.

sábado, 13 de novembro de 2010

Relacionamento na Internet

Há muito tempo, quando a internet começou a pegar no Brasil, em meados de 1995, eu já ouvia falar sobre conexão via computador, mas era coisa pra endinheirados e que manjavam bem de computador. Um colega de sala, gordinho, chato, mas cdf e que sabia tudo de informática vivia falando sobre isso. Ele dizia ter conhecido uma garota e que estava se correspondendo por mensagens. Na época nunca me passaria pela cabeça que um relacionamento de verdade pudesse brotar de algo tão impessoal assim. Claro que eu entrava no grupo do pessoal que dizia que isso nunca iria se desenvolver para a realidade. E os maldosos ainda dizia que era um tipo de “revista de sacanagem virtual” onde esse colega só ficava imaginando a mulher dos sonhos dele no computador e tocava uma bronha em casa, tipo forever alone.

Com o tempo fomos conhecendo a internet, suas ferramentas e toda aquela parafernalha nova. O gordinho, no final do ano começou a namorar de verdade com a moça que ele conheceu. Já não era tão impossível conhecer alguém pela internet, embora eu ainda achasse improvável que algo de qualidade brotasse dali.

O tempo passou e descobri que estava enganado. A internet é apenas mais um veículo para conhecer novas pessoas. A tecnologia avançou e muita coisa surgiu para a interação das pessoas. Hoje já não é um absurdo como era antes dizer que conheceu alguém via internet. Muitas amizades minhas começaram assim, apesar de que para isso realmente vá pra frente tem que dar prosseguimento à amizade fora da internet e não se restringir a ela.

Ainda existe gente que se conhece somente pela internet e tem muita interação e carinho. Mas, na minha opinião , isso só se consolida com o real encontro. Enquanto virtual, apenas idealizamos as pessoas que queremos que eles sejam, pois tudo esta restrito aos textos que trocam. Mas nem tudo aparece nas mensagens que trocam. Aconselho quem tenha amizades virtuais a se encontrarem, mesmo que morem em lugares muito distantes. Sempre tem uma reunião de algum assunto quem ambos gostem pra ir.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Tem bandido em todo lugar

Recentemente passei o final de semana da Praia Grande e vi como está infestado de bandido aquele lugar. Claro que eu sabia que todo marginalzinho que passa de bicicleta em par, 90% é bate carteira, mas não sabia que tinha aumentado tanto assim.
Quando saia, não levava nada, sem relógio, sem máquina fotográfica, sem tênis da hora. Somente a roupa do corpo e uns R$5 caso eu queira comprar uma cerveja.

Quando estava na calçada da praia vi duas vezes esses marginalzinhos me medindo, vendo se reparavam alguma coisa pra roubar. Tinha cara de bandido da FEBEM mesmo.

Em outra oportunidade vi dois bandidinhos de boa na calçada. Passei por eles. Um outro casal que estava próximo ficou olhando para a rua ao lado não sei porque. Nessa hora que eu passei, eles levantaram e eu pensei que iriam me assaltar, mas foram em direção desta rua lateral. Será que eu estava louco ou preconceituoso, achando que eram bandidos? Então fiquei olhando aonde iam. Não é que eles atacaram e roubaram um senhor que estava nesta rua. À noite, ouvi gritos de uma mulher. Imediatamente coloquei a cabeça na janela pra ver o que estava havendo, se alguém estavam atacando-a. Só vi ela gritando “pega ladrão” e três fdp fugindo de bicicleta.

Voltei pensando que a praia era terrível. Hoje minha mãe disse que ontem à noite um motoqueiro assaltou uma mulher em frente a minha casa. Em frente!!! Quem viu foi minha vizinha. A violência não está mais longe de casa, mas em frente. Às vezes a gente fica sabendo de violência em algum lugar da cidade, se preocupa, mas de alguma forma fica tranqüilo, pois aconteceu um pouco longe da sua casa. Mas no dia seguinte essa mesma violência pode ocorrer com você.

Não tem mais escapatória. É diminuir as chances disto acontecer como evitar carregar muito dinheiro, chamar atenção de bandido e evitar alguns lugares reconhecidamente mais propícios ao assalto. E rezar.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Descobrindo a quilometragem

Sempre quis ser um corredor, pelo menos de final de semana. A preguiça sempre foi maior. Aos poucos vou melhorando o condicionamento físico mas nada muito grande pra dizer “estou me exercitando adequadamente”. Tem dias que acordo animado e saio caminhando por ai, já outros é ócio somente. Mas nesta semana resolvi tomar as rédeas do meu sonho e aumentar a freqüência de exercícios aeróbicos para correr de verdade.

Uma coisa que me anima é vencer desafios. Se eu conseguir 10 num dia, amanhã quero fazer 20, depois 30 no seguinte e assim sucessivamente. Então primeiro tenho que ter tudo marcado com números pra saber se estou melhorando ou não. No local onde eu pretendo correr, não tem nenhuma marcação de distancia, então não sei quanto estou correndo. Isso me desanima por completo.

Então o esquema que usei foi descobrir primeiro um local onde tem esta marcação pra eu ver quanto tempo levo pra percorrer normalmente aquela distancia. Tendo este número, faço uma regra de três e descubro quando tempo uso pra percorrer o local onde tenho pra correr e chegar na distância.

Usei para isso a ciclovia da Praia Grande. Bem ou mal, ela informa a cada 100 metros a distância percorrida. Então do AP onde estava na praia da aviação até o final na praia do forte e voltar levei 1h48m e a distância informada pelas plaquinhas era de 9.400 metros. Voltando pra casa adotei minha tática. Fiz a caminhada pelo Parque de Toronto, próximo de cada, e levei quase o tempo da praia: 1h53. Logo tenho 9.853 metros para fazer minha corrida.

Hoje, sabendo a distância a percorrer, comecei minha corrida. Claro que como é a minha primeira, andei mais do que corri. Mas consegui em alguns momentos fazer um cooperzinho. Tempo final: 1h35. Amanhã tentarei diminuir mais. Vamos ver se dá pra continuar sem perder o animo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Rock na Praia

Até hoje me lembro do lendário Chapinhas’s bar, que muito provavelmente já não existe mais, que eu encontrei em Caraguatatuba em uma antiga virada de ano. Muitas histórias deste dia. Mas o que destacava o bar era a qualidade da música: rock e metal.

Em praticamente 90% dos botecos de praia a música predominante é o pancadão funk, axé e pagode, ou seja, lixo music. Achar algum lugar que toque algo diferente é raro e que deve ser elogiado. Logo o Chapinhas era excelente. Ao lado do som tinha uma caixa com uma 50 cds todos de rock. Entre uma cerveja e outra eu ficava escolhendo a trilha sonora que viria. O balconista que era responsável pelas bebidas e pela música falou “escolhe ai”. Pra que. Fiz uma seleção de uns 10 cds pra ficar tocando um atrás do outro, enquanto eu e uns amigos secávamos as garrafas. Nem precisa dizer que saí carregado neste dia.

Mas foi tão bom que voltamos outras vezes nesse bar que continuava tocando rock em finais de ano e inclusive carnavais. Não voltei mais em Caraguá e conseqüentemente no tal boteco.

Neste final de semana estava na Praia Grande e me deparei com um quiosque tocando Beatles. Sensacional. Pensei que era uma música que acabou entrando sem querer entre uma da Tati-quebra barraco e uma da Ivete Sangalo. Esperei pra conferir. Não é que toca mais dois rock antigos na seqüencia. Pelo menos o dono deve curtir o som.
Claro que o que atrai mais fregueses é o garbage music, mas é louvável que ele toque uns roquinhos pelo menos uma parte do dia. Provavelmente depois ele volte pra bunda music. Mas já teve o meu respeito.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Gordura Extrema

Não sou o cara 100% saúde (uhuu, ieié), saradão ou pelo menos magro. Mas sinto me na liberdade de criticar as pessoas extremamente gordas. Na praia vi um Jabba realmente horrendo. Como alguém chega a uma situação dessas. Existem muitos níveis de gordura: o gordinho (caso de muita gente), o gordo, o muito gordo e esse cara que eu vi.

Não é possível que se chegue a este ponto sendo uma pessoa normal. Digo, uma pessoa que trabalha, anda até a estação de trem ou metro, que pega ônibus ou que todo dia de manhã vai comprar pão na padaria, não fica com aquela barriga gigante.

Quanto mais próximo do peso ideal, mas difícil é perder peso. Por isso que muita mulher sofre por ai, pois busca aquela barriguinha pra deixar a vista e pra isso precisa emagrecer além do necessário para ter uma vida saudável. Ou seja, uma gordurinha é a coisa mais normal do mundo, até desejável pois é bom carne pra se pegar. Então essa pessoa come pouco, faz exercícios e ainda não abaixa o peso. É doloroso.

Mas uma pessoa com um peso extremamente grande, basta uma caminhada de 1 hora por dia pra perder vários quilos de uma só vez. O nível de sofrimento que um gigante teria pra perder uns 10 quilos seria bem menor, teoricamente, do que os mesmos 10 quilos pro gordinho. Logo chego à conclusão que o extremamente gordo é um relaxado preguiçoso. Tudo bem que podemos dizer várias coisas sobre o problema dos fast foods, doces e da dificuldade em mudar hábitos alimentares e exercícios. Mas é inadimissível uma pessoa estar extremamente gorda.

sábado, 6 de novembro de 2010

Restrição a livro de Monteiro Lobato

O Conselho Nacional de Educação queria restringir a leitura do livro Caçadas de Pedrinho do Monteiro Lobato por ser racista. Mas parece que haverá uma revisão e não será restringido, mas pode ter uma nota de página.

O politicamente correto é uma merda. Concordo que devemos ter mais cuidado com relação a preconceitos em geral, mas ter uma patrulha da censura barrando qualquer termo da lingua portuguesa por dar uma conotação negativa é uma besteira. Principalmente querer vetar uma obra importante da literatura nacional.

Com esse excesso de restrições acabam criando até piadas como a "cota de negros pra qualquer coisa que a gente faça, ou tudo que vier a palavra preto tem que ser trocada por afro-descendente. O racismo é terrivel e deve ser combatido, mas ficar prestando atenção a cada palavrinha dita ou escrita pra julgar se a pessoa foi preconceituosa ou não é coisa de psicótico.

Racismo se combate nas atitudes, não nas palavras. Quando se vê alguém ser desrespeitado, excluído, diminuído ou tratá-lo como ser inferio apenas pela sua raça, ai sim deve-se tomar uma medida drástica, inclusive por ser um crime inafiançávvel e imprescritível. Agora ficar policiando textos preconceituosos... podiam vetar a Bíblia então, que é cheia de termos "politicamente incorretos".

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

The Good Wife

(sem Spoilers)

Terminei esta semana de assistir a primeira temporada do ótimo seriado The Good Wife.

É um seriado de tribunal, ou seja, daqueles em que boa parte da história se passa na disputa entre advogados onde o que tem o melhor argumento ganha. Mas não é somente isso. Na história a personagem principal Alicia Florrick é uma mulher casada com o procurador geral da república Peter Florrick (o Mr.Big de Sex and the City) que é pego em corrupção política e nun escandalo sexual com prostitutas. É preso e se suspende todos os seus privilégios. Então Alicia é obrigada a voltar a trabalhar como advogada, mas é constantemente desprezada pelos colegas e advogados por ser "a mulher traída e esposa de político corrupto", apesar de ser ótima advogada.

Ela também deixa transparecer em seu trabalho uma visão mais humana das coisas. Vê em um contato amistoso com o cliente novas provas a favor, coisas que os advogados "normais" não vêem pois estão muito focados no serviço de advocacia simplesmente. Ao mesmo tempo que lida com o serviço e contra a discriminação dos colegas de tribunal, ela tem que lidar com a vergonha e a humilhação de ser a corna, ter uma certa aparência pública ao lidar com o marido que está preso e criar duas crianças.

É nesse jogo de cintura que ela se mostra uma mulher forte. Ela tem que lidar com o marido que jura que é inocente das acusações de ser corrupto apesar de admitir a traição. E também reluta em usar suas influências de ser "a mulher do homem" para ganho próprio na empresa que trabalha. Ela entra como associada júnior e está em disputa de uma vaga com outro associado, que também é bom advogado e mais jovvem e ambicioso.

Durante o seriado muitas perguntas vão sendo solucionadas:
- Alicia vai perdoar Peter?
- Alicia vai ganhar a vaga de assistente júnior?
- Quem quer prender Peter a toco custo? O homem de preto.
- Alicia vai ter um caso extra-conjugal?
- Peter vai conseguir sair da cadeia?

Os outros personagens do seriado são igualmente fortes. Os donos da empresa Will Gardner e Diane Lockhart, cada um com seu "problema" romantico. E Kalinda, a detetive da empresa que consegue as melhores provas a favor de seus clientes.
Termina com um excelente cliffhanger (gancho) para a próxima temporada. Mal posso esperar pra ver.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Rodeio das Gordas da Unesp

Pra quem nunca ouviu falar disso (eu não sabia do fato até ler em outro blog), este fato ocorreu na UNESP. Em festas e torneios esportivos, marginais fantasiados de estudantes universitários pulavam em cima de gordas e a tratavam como se fosse um boi.

Parece que O respeito ao próximo não é ensinado às crianças atualmente. Os casos de bullying são cada vez mais recorrentes em qualquer faixa etária ou classe social. As pessoas podem não gostar, agora ofender, discriminar ou agredir outros que não se enquadram em seu gosto pessoal ou estilo de vida é um absurdo. Não somente às gordas, mas a todos.

O curioso é que os casos de discriminação não estão restritos às pessoas consideradas "normais" pela sociedade, mas inclusive entre os grupos discriminados em relação a outro. Por exemplo: negros são vítimas de racismo, mas alguns deles discriminam gays. Os gays são discriminados e sofrem com isso, mas alguns detonam as gordas. Alguém pode não ter uma perna ou um braço, mas não suportam nordestinos. Gordas são discriminadas, e algumas criticam as mais gordas que elas. E por ai vai.

A sociedade como um todo pensa desse modo. Sempre tem um grupo menor e mais fraco para que seja hostilizado.