quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Rock na Praia

Até hoje me lembro do lendário Chapinhas’s bar, que muito provavelmente já não existe mais, que eu encontrei em Caraguatatuba em uma antiga virada de ano. Muitas histórias deste dia. Mas o que destacava o bar era a qualidade da música: rock e metal.

Em praticamente 90% dos botecos de praia a música predominante é o pancadão funk, axé e pagode, ou seja, lixo music. Achar algum lugar que toque algo diferente é raro e que deve ser elogiado. Logo o Chapinhas era excelente. Ao lado do som tinha uma caixa com uma 50 cds todos de rock. Entre uma cerveja e outra eu ficava escolhendo a trilha sonora que viria. O balconista que era responsável pelas bebidas e pela música falou “escolhe ai”. Pra que. Fiz uma seleção de uns 10 cds pra ficar tocando um atrás do outro, enquanto eu e uns amigos secávamos as garrafas. Nem precisa dizer que saí carregado neste dia.

Mas foi tão bom que voltamos outras vezes nesse bar que continuava tocando rock em finais de ano e inclusive carnavais. Não voltei mais em Caraguá e conseqüentemente no tal boteco.

Neste final de semana estava na Praia Grande e me deparei com um quiosque tocando Beatles. Sensacional. Pensei que era uma música que acabou entrando sem querer entre uma da Tati-quebra barraco e uma da Ivete Sangalo. Esperei pra conferir. Não é que toca mais dois rock antigos na seqüencia. Pelo menos o dono deve curtir o som.
Claro que o que atrai mais fregueses é o garbage music, mas é louvável que ele toque uns roquinhos pelo menos uma parte do dia. Provavelmente depois ele volte pra bunda music. Mas já teve o meu respeito.

Um comentário:

  1. Ainda bem que existem bares assim, rock antigo é o melhor.
    Big Beijos

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